sexta-feira, 6 de abril de 2012

Aquele e esse

 Tarde de terça. E ela chega afobada do trabalho com a correria do dia-a-dia. Estava decidido, hoje iria bater a porta de sua casa.Não aguenteva mais ser apenas o 702 que morava a seu lado , a olha-la da janela todos os dias e  imaginar seu amigo.
Queria algo concreto. Conversar sobre as coisas sabe, sobre a vida. Toco a campanhia. Maria vem descendo a escada e eu pensava, como ela é linda, tantas coisas deve fazer , tantas coisas a pensar, tantas ideias deve ter. Travamos nossa primeira conversa. Oi ! Oi.Tudo bem? Tudo. E aí vamos trocar uma ideia? E de súbito ela me responde: ah me desculpe, mas agora estou sem nenhuma.Começa então a chover e era como se tudo o que eu pensava a respeito dela fosse levado pela chuva assim como a folhas daquele lugar. Neste momento apenas via em minha frente um robô, com a simples função de uma mera máquina. A verdade é que foi muito triste, por mas surpreso que eu fiquei , era algo cotidiano acontecer.